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A casa é sua

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Sem eu-lírico

Eu realmente gosto de você.
A frase termina com um ponto final porque infelizmente não tenho mais o que dizer e esse texto poderia terminar aqui.
Mas o que eu realmente queria poder falar é que: Eu realmente gosto de você, mas preferiria não gostar.
Maldita diferença que um ponto e uma vírgula tem na vida real.
As claves de diferença entre o que eu espero e o que é, em alguns momentos doem no fundo da alma, como eu não a vejo, a dor chega na boca do estômago, como um soco bem dado justamente na hora da fome e o oco que está dentro de você parece que faz a dor latejar mais forte.
Por que mesmo a perfeição não existe?
Malditos sejam os livros de romance, todos eles!
Maldita seja a imaginação que me rende algumas palavras, ela toda!
Por que ao invés de um doce afago no final do dia, seus problemas superam qualquer vestígio de bem-querer e sucumbi no frio de toda a indiferença?
Por que as palavras que diz, algumas vezes não vão de encontro com o que costuma fazer?
Por que, quando em vez, tenho a sensação de ser apenas outro fantoche que leva as agulhadas de uma noite mal dormida sua?
Serão esses os momentos em que a realidade cai em mim e ela dói na boca do estômago acostumado a receber o manjar doce da imaginação que sonha com desfechos tolos para uma história naturalmente torta?
(Meus textos nunca são curtos quando falo de você...)
Como queria poder evocar um eu-lírico poderoso, inventar mais uma história nos moldes de sempre, deixar alguém ler e se perder por entre as linhas e encontrar-se estasiado. Não dá.
Tenho ânsia de conseguir feri-lo nos momentos em que meu estômago dói, porém ele puxa as palavras pra dentro e as tranca, talvez elas só devam doer em mim. Depois da anestesia das palavras, a dor passa, não consigo mais feri-lo.
Que eu crie coragem ou muros que me livrem ou escondam ou amenizem as tuas manias.

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