Olá!

A casa é sua

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Do hoje



De tanto me construir e destruir hoje sei que é os erros e acertos que me formam quanto humana.
O ontem se foi e deixou um legado ao hoje: me supere.
E assim os dias vão correndo...
Será que todo mundo já entendeu a diferença de viver e sobreviver?
E a diferença da briga e da luta?
E o espaço que há entre conviver e cativar?

Sabe... o tempo passa, corre, voa, se esvai.
O que eu pensava que seria, não foi.
O que jurava não querer, acabei por ter.
A vida não segue padrões, a sobrevivência que gosta de scripts.

Hoje é um daqueles dias que o ar tem aroma de liberdade,
Que dá vontade de abraçar o mundo com tanta força só pra dizer que amo o fato de estar viva.
Saudade de você, meu amor, saudade do teu abraço que me tira o folego,
Você é a minha maior expressão de liberdade.

Vamos andar por ai, ver estrelas e sorrir.
Que ninguém nos trave o riso.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Aos guardas


O meu espírito é maior que o meu corpo.
O meu espírito é maior que a minha casa.
O meu espírito é maior que meus ideais.
Ele simplesmente é maior, tão maior que espreme-se em mim e dá gritos de prazer e dor oscilados e desmedidos.

Ele brada explosões de rebeldia que não se justificam aos olhos dos guardas.
Afinal, quem guarda, zela ou aprisiona?
E quem define a linha tênue que divide isso?
Eu tenho dispensado todos os guardas-zeladores que vigiam meu espírito preso.
Estão todos dispensados! O trabalho de vocês já foi concluído.

Eu cumpri minha pena, meu espírito cumpriu comigo.
Daqui pra frente, não há mais o que prender, perder ou zelar.
Não há mais o que mudar, espírito que foge uma vez, fugirá sempre.
Os ataques de rebeldia tornar-se-ão frequentes, o trabalho dos guardas será desgastante.
Desgastante e desnecessários. Inúteis.

Por favor, eu não estou perdida!
Se eu cair não passarei do chão.
Não há feridas que não cicatrizem,
Não há dor que não ensine,
Não há medo de queda que compense perder os devaneios da vida.

Se vocês escolhem poupar-se dos devaneios e viver atrelado ao medo.
Não me obriguem a fazer o mesmo!
Não quero culpar a vida, o destino, o acaso ou os guardas por viver uma vida medíocre.
Não quero viver de "ses".

Um cadeado enferrujado se dobrará ao meu espírito.
Eu vejo. 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O silêncio x O sonho

Qualquer caminho.
Qualquer lugar.
Desque fora de mim.

Tudo parece distante quando o silêncio decide chegar.
Ele entra mesmo que me negue a ceder espaço para ele.
Chega, entra e dói.
Ele afasta tudo!
As estrelas vão iluminar outro céu qualquer,
O mar regressa,
O porta-retrato fica opaco e minha cabeça dói.

Nada consegue conter o silêncio ou conviver com ele.
Nem eu.
Minha alma fica procurando brechas para sair.
Não o suporto!

De luz apagada vou inventar um sonho,
Meus olhos projetam, o teto é tv e o vento se faz trilha sonora.

O silêncio não compete com o meu imaginar.
Ele sabe que perde, sempre perde.
Ninguém pode com um sonho.

No sonho, as estrelas voltam,
O mar avança, o porta-retrato cria vida
E fico tonta.

Tudo estará de pé amanhã. 

Para além da lógica


De calmaria a tempestade em alguns segundos. 
Alguém já usou alguma frase assim pra definir um romance? 
Pois bem, eu usei. 
De onde tiraram a ideia que a tempestade é unicamente ruim? 
Tempestade, pra mim, é movimento, é ação, renovação.
E calmaria? É a tal da "paz que invadiu o meu coração de repente me encheu de paz..." que alguém canta por ai. 
Somos assim.


Nota como como somos confusos? 
Como posso ser racional e explosiva ao mesmo tempo? 
Como pode ser emocional e calmo junto comigo?
Não faz sentido... Não fazemos o menor sentido! 


Aliás, várias coisas não fazem sentido nesse romance. 
Até ontem, eu tinha decidido parar de acreditar em amores românticos. 
Até ontem, eu tinha parado de associar música a pessoas.
Até ontem, eu queria lutar sozinha por tudo que eu acredito. 
Até ontem... hoje não. 


Você chegou, parecendo a vida me dando olá e dizendo "as coisas nunca são como a gente espera, bobinha" e fez um verdadeiro reboliço dentro de mim. Resolveu provar que as coisas simples ainda fazem sentido pra algumas pessoas no mundo, que é verdadeiramente bom sentir que está enrubescendo da forma mais graciosa possível, que vale a pena sentir-se adolescente quando em vez, que nada muito sério consegue  ficar sem sorriso. 

O que fazer pra não permitir que se vá? 
Posso pedir que não vá?
Eu escolhi ficar aqui e acreditar que a vida pregou a peça mais bonita na gente.
Acabei por conhecer o lado bom dessa menina, a vida, que devia estar esperando o momento certo de sacar suas surpresas boas da bolsa e ir soltando-as todas de uma vez. 

Mas que se dane se isso por só um pico de felicidade! Seria capaz de suportar as tristezas mais profundas desde que você, sim, você esteja aqui. 
Que pelo menos você, seja aquela surpresa sem prazo de validade, imperecível, permante, meu, sem devolução ou troca. 

Porque você, anjo, me faz querer o infinito, buscar as estradas mais distantes, as clareiras mais abertas e os gostos mais doces. 
Porque você, anjo, faz todos os riscos serem menores que a vivacidade da loucura.
Apenas me sinto viva e isso já é tão suficiente. 

Eu amo você. Adoro você. Quero você. Sou de você. 
Segue...





segunda-feira, 6 de maio de 2013

Fora do tempo

Qual o sentido do tempo?
Não há mais.
Deixou de existir.
Foi-se.
Foi-se desde que as noites transbordaram e se misturaram com os dias mais claros. Desde que eu não me importo mais com o clima lá fora, aqui sempre está quente. Desde que você chegou aqui.
Dei pra sonhar.
Posso ficar dias sem alimentar-me com nada, além de você.
Me deixei ficar. Não soube dizer "não", na verdade, nem o quis. Ouvi-me como jamais me permiti antes.
Me diz, como querer sair daqui?
Se nunca uma prisão me pareceu tão boa, se daria a chave da solução do mundo para que não me deixes sair daqui e me ate a você.
Teu cheiro é inebriante, teu corpo atordoa.
Como foi que chegamos aqui mesmo?
Devagar, depressa, devagar, depressa.
Qual o significado disso?
Nos desatemos do tempo, deixe estar, deixe-me estar, aqui ou em qualquer outra prisão, "prisão livre".
Contrariedade sempre rimou com liberdade.