Olá!

A casa é sua

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Eu sou assim mesmo, sabe, não tem jeito

Eu sou assim mesmo, sabe, não tem jeito.
Fico indignada com o mundo ao mesmo tempo que o amo de forma desvairada.
Adoro o sol mesmo que ele me dê dor de cabeça.
O nervosismo me pega quando falam de alguma coisa que não conhecem de forma preconceituosa, discuto esquecendo de quem é o interlocutor, não é por mal, muito pelo contrário, é pelo bem, não ter preconceitos só podem deixar uma pessoa melhor!
Gosto do vento e de quando ele me arrepia a pele.
Gosto de ler coisas que vou me lembrar depois, gosto de escrever coisas que me esvaziem a angústia, o amor e as dúvidas.
Sou assim mesmo, sabe, não tem jeito.
Sou mulher e não acho isso ruim, discuto com quem o acha, me dou o direito de amar, tocar, socar, falar palavrão, beber e fazer bobagens e quem faz mais bobagens que eu, parabéns!
Sou grossa algumas vezes, não tenho paciência o tempo todo, não tenho paciência, não me dou bem com ciúmes, ele me angustia antes de traição, eu sou traída pelos ciúmes e isso não tem nada a ver com ninguém, só comigo, eu sou ciumenta, independente de pra quem isso se direciona.
Eu durmo pra não ter que explicar porque estou distante, de cara feia ou chorando.
Eu invento dores físicas pra não ter que explicar o que dói por dentro, quando os dois inventam de doer, eu durmo muito mais.
Eu ouço músicas que me tocam a pele e a alma, eu danço quando não tem ninguém olhando, eu dou risada de mim e sinto raiva de mim.
Eu sou assim mesmo, sabe, não tem jeito.
Além do vento, letras e cenas também me arrepiam.
Sou romântica, ah que droga, sou sim. Espero palavras que não chegam, flores que não nascem, abraços apertados e confortáveis, que não errem, que me passem segurança no meio de toda a insegurança.
Sou uma comédia, perco horas lembrando de momentos engraçados e morro de rir como se eles estivessem acontecendo naquele momento, dou risada de coisas que ninguém mais entende, eu gosto de rir até a barriga doer, acho que a graça está nisso.
Eu sou assim mesmo, sabe, não tem jeito.
Mas não sou assim por mal ou por bem, simplesmente sou e não sei até que ponto isso é bom ou ruim, mas não sei me concertar.
Aceito aceitações, compreensões e um pouco de romantismo pra deixar meu eu mais desse jeito.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Sem eu-lírico

Eu realmente gosto de você.
A frase termina com um ponto final porque infelizmente não tenho mais o que dizer e esse texto poderia terminar aqui.
Mas o que eu realmente queria poder falar é que: Eu realmente gosto de você, mas preferiria não gostar.
Maldita diferença que um ponto e uma vírgula tem na vida real.
As claves de diferença entre o que eu espero e o que é, em alguns momentos doem no fundo da alma, como eu não a vejo, a dor chega na boca do estômago, como um soco bem dado justamente na hora da fome e o oco que está dentro de você parece que faz a dor latejar mais forte.
Por que mesmo a perfeição não existe?
Malditos sejam os livros de romance, todos eles!
Maldita seja a imaginação que me rende algumas palavras, ela toda!
Por que ao invés de um doce afago no final do dia, seus problemas superam qualquer vestígio de bem-querer e sucumbi no frio de toda a indiferença?
Por que as palavras que diz, algumas vezes não vão de encontro com o que costuma fazer?
Por que, quando em vez, tenho a sensação de ser apenas outro fantoche que leva as agulhadas de uma noite mal dormida sua?
Serão esses os momentos em que a realidade cai em mim e ela dói na boca do estômago acostumado a receber o manjar doce da imaginação que sonha com desfechos tolos para uma história naturalmente torta?
(Meus textos nunca são curtos quando falo de você...)
Como queria poder evocar um eu-lírico poderoso, inventar mais uma história nos moldes de sempre, deixar alguém ler e se perder por entre as linhas e encontrar-se estasiado. Não dá.
Tenho ânsia de conseguir feri-lo nos momentos em que meu estômago dói, porém ele puxa as palavras pra dentro e as tranca, talvez elas só devam doer em mim. Depois da anestesia das palavras, a dor passa, não consigo mais feri-lo.
Que eu crie coragem ou muros que me livrem ou escondam ou amenizem as tuas manias.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Para a luz distante

Sinto falta do que não foi, não existiu, chegou na porta mas não deixou-se entrar.
Sinto medo do que passou, do que passa, do que passará.
Queria te vislumbrar em toda coragem de luta, antes de luta pelo mundo, luta por tua liberdade.
Estou longe demais para isso...

Conseguir um sorriso nascente, crescente, no canto de tua boca já me é realizador.
Pensar e falar bobagens, fazer graça, rir das graças do mundo torna-se fácil.
Acho que a tua luz prospera para minha brilhar também.
Tantas realizações, ver teus passos ainda que de longe e vibrar baixinho e escondida por elas.

Seja luz em vida e ilumine-me.
Seja força na luta e encoraje-me.
Seja perto, ainda que distante e dê-me esperança.
Quero estar contigo...