Olá!

A casa é sua

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Secreto

Gosto de comparar essa história de amor com o que todas as pessoas, digo, a grande maioria, esperaria de uma história de amor, uns clichês que não funcionam.
"As coisas boas vem com o tempo, as melhores de repente".
Não, não... se isso é regra eis aqui a exceção. Eles se conhecem tão bem quanto as riscas da mão de cada um deles, desde crianças e das brincadeiras infantis, são amigos.
"Quando se ama de verdade, não há sofrimento."
Eles amam de mentira, então, desde quando o amor é sinônimo de abstinência de dor?
Eles sofrem, mas sofrem juntos, a dor de um é a dor do outro.
"Amam-se, são iguais"
Eis aqui o maior clichê que não deu certo pra eles. Eles são água e vinho, dia e noite, calor e frio, opostos. Dispersos. O mundo conspiraria pra que eles nunca se unissem, o maior desafio até hoje foi quebrar as leis da física de que eles nunca se misturariam, se misturaram tanto que hoje é difícil separa-los sem levar sequer parte do outro.
Brigam. Choram. Passam dias sem se falar. Xingam-se.
Se amam, tanto que até dói de ver.
É real, já não acreditam mais em contos de fada.
Talvez eles invertam os papéis.
Ela sonha, ele acorda. Ela fala, ele escuta. Eles dormem e acordam com a certeza de que a cada dia será mais difícil, mas o reencontro compensa.
Dançam, os corpos soam, falam entre si, sussurram, beijam-se. Não há quem escute a linguagem que só eles falam.
É secreto.
É amor que não coube ainda num livro.


sábado, 22 de dezembro de 2012

Um mesmo dia, duas rotinas.

São Paulo.
18h59.
Um dia depois do fim do mundo.
Três dias antes do natal no ocidente.
Tudo como sempre foi, como deixou de ser, como hoje é.
Minha presença aumenta a tua melancolia.
Tua ausência coloca em risco a minha existência.
Ou seria a existência do que (ainda) habita em mim?
Um dia de chuva.
Um dia de dezembro.
Um dia perfeito para um copo de cerveja.
Um dia perfeito para amigos.
Um dia perfeito para toda a solidão.
Um dia perfeito para segurar lágrimas. Tudo já está bem molhado, a chuva não para.
Nunca gostou de chuva.
Hoje gosta.
Nunca gostou de chuva.
Continua não gostando.
A perfeição de fingir com as palavras e atrás delas disfarçar emoções.
A imperfeição que falta com as ações, elas desmentem as palavras, contam a verdade.
A imperfeição com as palavras, elas revelam as intenções, segundas, terceiras, sempre há.
A perfeição em transformar-se em mártir.
Ouvir músicas tristes, um dia depois do fim do mundo.
Hoje é o fim do mundo.
Ouvir carros, ouvir risadas, menos a si.
Hoje é o mundo individual.
19h08.
Não demorou.
As palavras aqui são verdadeiras.
O único lugar que se pode contar a verdade, meu papel.



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Montanha e Céu


A maior das montanhas jamais encontrará o céu. Talvez por isso ou por qualquer outra coisa, ela o tenha amado.
O que é real é que não foi decisão, foi a vida mesmo.
O desespero de estar sonhando e correndo com toda a ânsia para o além, esperando que no mais alto ponto, todo o brilho escuro do céu a noite, toda a escuridão azul do céu de dia encontre com a curva sinuosa do topo da montanha e ao acordar, a montanha está no mesmo lugar, com a mesma distância.
Quando em vez, o céu manda nuvens, claras ou cinzas que passam muito perto da montanha.
Pobre montanha, vê-se sua esperança. Céu indeciso, pra que tuas nuvens se não vens a ela?
Desde a formação do mundo, vê-se a mesma cena de amor ou dor.
Dizem alguns que a história terá fim e que ela será em conjunto com outro fim, o fim do mundo.
Ali o céu vai cair, a montanha vai cair, as nuvens se misturarão com a poeira e eles serão um só.
Uns chamam de decadência, outros de tragédia, prefiro chamar de um novo começo. (Re)começo.



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A pausa

Quando se chega na pausa,
No breve intervalo entre o viver e o sobreviver,
Todos os seus pensamentos se voltam para o que você viveu,
Até hoje.

Quando se sente o escuro
E a única luz que você enxerga são suas próprias palavras
Que tentam se fixar
E tirar a faca fincada machucando seu peito.

Quando o peso de um crime que não cometeu
Começa a pesar nas suas costas
E todos os olhares que seguem seus passos dificultosos
São para te acusar.

Você descobre a solidão
Você descobre a invasão que o mundo causou e deixou um buraco
Entre o coração e pulmão e já não tem mais ar.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Indefinido

(Não estou certa se quero que esse texto soe como poesia, não tenho certeza de nada, na verdade.)

Seria muito interessante,  muito interessante mesmo, se as pessoas parassem de me enxergar como "o ser que não erra". Durante muito tempo carreguei esse peso comigo.
- Não, Talita, você não pode cair! Você tem que levantá-los. 
- Não, Talita, tenha fé! Seja pisada, jogada de um lado a outro, esquecida, aguente todo tipo de grosseiria, um dia, UM DIA, as coisas vão mudar.
- Não, Talita, você não consegue ver? As coisas já mudaram muito, como tudo está mais lindo hoje né?

Ó céus, quantas vezes eu não disse isso para mim mesma esperando que fosse uma voz divina?
A realidade é que não consigo mais ouvir essa voz. 
E que não me declaro disposta a continuar ouvindo grosserias  hoje reconhecidas como violência, com a esperança de que um dia as coisas mudem. 
"Quero a sorte de um amor tranquilo" sabe?
 Não sei mais fazer aquilo que sempre fiz de esperar calada, de chorar e chorar e chorar, perder noites de sono esperando que alguém me perdoasse simplesmente por ser humana.
De pedir desculpas como se tivesse cometido um assassinato todas as vezes que deixava toda a grosseria que jogaram em mim e eu sutilmente guardei. 
Quero, gentilmente, pedir que me deixem errar! 
Por favor, entendam o meu lado humano!
Me deixem exprerimentar o que vocês vivem sentindo, esse tal de ter dúvidas declaradas, que podem ser contadas e sentidas como se eu tivesse a obrigação de entende-los e acalenta-los como crianças sem mãe.
Porra! Eu não sei mais ser assim.
Eu preciso me sentir, preciso descobrir quem EU sou. Não quem eu queria muito ser. 
Percebem o abismo que existe nesse intervalo? 
PERCEBEM?
Por favor, digam-me que percebem. 
Queria poder cobrar de vocês que me entendessem, apoiassem, oferecessem ombros como eu fiz com vocês, mesmo saindo magoada, mesmo sendo eu a ferida. Eu fiquei lá...
Mas eu não peço nada disso, está bem?
Se vocês quiserem ir, eu vou entender. Vou mesmo, ninguém tem de sofrer o que eu tenho sofrido e ser alguém que não é. Se está pesado pra vocês entenderem o que eu tenho me tornado, podem ir.
Não que eu queira que vocês tomem os caminhos que levam vocês para longe de mim, mas por favor, não se prendam as suas promessas. 
Eu prometo entender. 
Talvez, o dia que eu estiver organizada e humana, eu volte e explique com calma pra vocês o que aconteceu.
Não agora, eu não consigo. 
Não dá.
Está um nó aqui na garganta, eu sei que vocês entendem. Vocês são humanos.
E eu sei a vontade que vocês tem agora de sair correndo e de ficarem longe disso. 
Eu também a tive. Mas vocês são humanos, não precisam ficar. 
Quem precisa de um pouco de humanidade sou eu.
Quem precisa sentir a dor que tenho fingido não ter sou eu.
Quem precisa assumir os próprios erros sou eu.
Eu vou me encontrar, prometo a vocês. 
Não prometo encontrar-me dentro de todas as expectativas, mas vou encontrar-me.
Um dia, vocês vão me entender.
E se não entenderem, tudo bem, eu amo vocês.
Amor humano, feliz ou infelizmente, mas amo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mentirosos e sua caixa

Quero que todas as mentiras que me contaram até hoje parem de pesar em mim!
Eu ordeno que essa dor me deixe, não tenho culpa de as terem ensinado a mim, não tenho culpa de ter aprendido.
E o meu maior erro até hoje é ter buscado uma porra de liberdade, um ar limpo, um fim de hipocrisia humana em mim.
O meu maior erro foi ter sentido a dor de quem não é ouvido, é ter escolhido o lado mais fraco pra apoiar.
(Shhhhh...)
Eu não serei silenciada...
(Shhhhh...)
EU NÃO SEREI SILENCIADA.
Eu posso derramar lágrimas de dor na frente dos mentirosos, eu posso deixar palavras virem aos meus lábios e morrerem na hora de ganhar som, mas elas sairão em cada uma das minhas atitudes e vitórias.
Eu vou vencer, eu vou ser feliz sem seguir a porra dos rótulos que vocês tentam me forçar a seguir.
Eu sinto não caber na caixa que vocês encomendaram pra mim...
Quer saber?
Não sinto, não.
O que eu sinto mesmo é que as mentiras e a caixa conseguem ser maiores e mais pesadas do que tudo que um dia eu pensei ser.
Tudo bem... Eu deixo tudo pra trás, a vida é uma, única, singular.
Se vocês me dizem o que é "normal", quero dizer que "anormal" também funciona.

sábado, 24 de novembro de 2012

A M O R

Amor
   A
   M
   O
   R

Esse negócio nunca foi mais sincero.
Hoje eu entendo o que esse povo fala nos livros, nas novelas, nas músicas e entendo até onde vai o grau de veracidade deles.
Eu te amo, pequena.
Ainda que minhas palavras demorem para chegar até você.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Antes da beleza, a guerra

Quero poder deixar esta escuridão que agora faz parte de mim,
Que veio, tomou-me e no meio dela eu esqueci o que sou, ou que nunca fui.
Não que eu culpe a ti pela escuridão que veio a mim,
Ela precisa ir, precisa me deixar, preciso de sol que faça enxergar o que eu realmente sou, o que nunca fui.

Há correntes que me prendem, deixam-me estagnada, fincada ao chão, como uma arvore que aos poucos deixou de ter vida.
Eu realmente não acho que elas sejam mais importantes do que você, pequena, acho apenas que são mais pesadas.
Quero acreditar que o tempo realmente leva cada coisa para o seu lugar, porém, sei que não é só ele.
Eu não sou uma arvore morta, tenho de me mexer.

Ajude-me no momento que a vida deixa de me fornecer o chão,
Mostre-me que no teu solo eu posso pisar,
A vida já foi bem dura até aqui, pequena.
Ela já me doeu bastante.

Mais do que medo que posso causar aos outros, tenho medo do que posso causar a ti,
Mais medo do que posso ter dos outros, tenho medo de mim.
Quero achar-me no vale em que ando para encontrar-te no topo da montanha que avisto daqui.
A história pode ser bonita, mas antes a guerra, sempre a guerra.

O meu inimigo, sou eu.

domingo, 11 de novembro de 2012

Primavera

Mês de flores que desabrocham, se abrem, exalam seus próprios perfumes, pessoais, interiores e eles são tão bons. Os dias de sol e de chuva, nunca frios, quentes que esquentam a pele, o meu eu.
O amor romântico pode entrar neste poema, ele é bem-vindo, bem-claro, combina com as flores, abertas ou fechadas, exalando perfume ou não, ele não combina com a maldade do homem...
É bem-vindo, é bem-vindo.

A primavera chegou e digo que ela pode ou não ser literal. O que eu sei é que quero ser a flor e quero-te como flor também, que desabrocha, que exala perfume e quero que teu perfume se una ao meu.
Eu quero fazer amor com você, o amor romântico ou não, qualquer que seja a inspiração desse poema, como em Praga, como libertação, como quebra do que se define hoje como amor, quebra também do que se define como guerra.

Quero escândalo os olhos dos soldados. - Libertem-se também, soldados!
Que não sejas meu, que não sejas amor romântico, que sejas primavera, meu bem. 

sábado, 10 de novembro de 2012

15 minutos

São 24 horas, um dia, uma tarde, uma noite, um ciclo.
Você acorda disposto a olhar o céu azul e ele está azul.
Você acorda muito afim de ver o sol e ele está lá, sorrindo pra você.
Caí de cabeça no dia, rindo e sorrindo.

Está calor, você está disposto.
Estás feliz, não se deixa levar por qualquer provocação
Até que chega  provocação certa,
Aquela que provavelmente só você notou que foi uma provocação, ninguém mais, nem o autor dela.

Foram 15 minutos, um parte, um trecho.
Foi um curto espaço de tempo que o deixou indisposto,
Infeliz, incontido, vontade de esmurrar a ponta de uma faca ou qualquer outra coisa.

Estou aqui e meu coração bate mais forte.
Uma sensação de "porra, 15 minutos malditos".

domingo, 4 de novembro de 2012

É a perda da esperança.
É a decepção com si mesmo.
É a falta de coragem de enfrentar os que te apoiaram e os que você admira.
É vergonha.
É dor.
É a sensação de estar vivendo um pesadelo e que não há como sair dele.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Distante Proximidade

Ai, quantos sentimentos cabem dentro do meu peito?
Quantos eu, você, nós, eu consigo pensar em um único dia?
Fizeste parte dos meus sonhos, chegaste próximo de minha realidade e hoje eu já nem sei bem onde estás.

Por mais que não estejas perto o suficiente dos meus olhos,
Por mais que não consiga vê-lo em minha realidade, é questão de fechar os olhos pra conseguir imaginar o teu sorriso, claro e de uma felicidade inquestionável que me transmite a tão falada paz.

Me provas que nem sempre os que se atraem são opostos.
Me trazes dores boas de sentir.
Proporcionas a calma seguida de suspiros tensos.
Fazes com que eu te deseje noite e dia e o quanto isso afaga teu ego?
E quanto isso tudo provoca um festival de ventos em mim?

Distante proximidade, quero-te perto, ainda que longe.
Mesmo que seja pele, mesmo que seja desejo, mesmo que seja amor e ainda assim, não seja nada.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Acampamento Agrário Irmã Alberta




A terra estava parada, seca, tinha dono, mas não víamos seu nome escrito no chão. A terra tinha plantação, quilômetros de um mesmo pé, ia pra os estrangeiros, aqui do lado minha filha passa fome. 
Entramos por alguns dias ninguém notou nossa presença, quando notou foi polícia pra tudo que é lado.
“Essa terra tem dono, meu senhor”.
Chegou a Televisão
“Isso é invasão”
Chegou o dono da terra.
“Tá parado mais eu ia logo usar”

Chegou no grito, tentamos falar baixo, ninguém nos ouviu, então borá gritar.
Chegou batendo, tentamos para-los, bateu na minha filha, então se é assim, vamos lá.
Terra é de quem plantar, terra é de quem precisar, não adianta afrontar, aqui, nós vamos ficar, cuidar, regar, alimentar.
Se vocês gritam o direito a propriedade, nós gritamos o direito de viver, de comer.

Somos aqueles que vocês não viram chegar, vocês nem a terra queriam plantar.
Nós vamos ficar. Debaixo da chuva, debaixo de sol, debaixo de bala, debaixo de olhares tortos, aqui é o nosso lugar.
Um dia a gente consegue. 


Foto: Gabrielle Idealli (http://www.flickr.com/photos/gabiidealli)
Texto: Talita Bezerra dos Santos


Aldeia Tenonde Porã




A Cidadã Aldeia

E a cidade foi empurrando-te devagar, não é mesmo?
Você foi ficando cada vez mais apertada, mas cada vez mais cheia.
Poderia ser cheia de ódio, mas não, encheu-te foi de vida.
As tuas crianças correm por entre a mata como eu corria no meu quintal,
Quanta agilidade, meus olhos mal os veem,
Nasceste por dentro de cada arvore, ela te abraça, você a abraça, amor.
O que nós por aqui destruímos, é pra ti, sagrado, símbolo de deus.
Fico na dúvida de quão sábios os daqui realmente são, chegando perto de curar alguns males, destruindo o que nos mantém em vida.
A verdadeira sabedoria está ai, contigo, conheces o segredo da vida.
Faces de paz, faces de cansaço.
Encheu-me de vida nova, olhar pra tua luta e ver que ainda és linda, com todas as tuas marcas.
Foto: Gabrielle Idealli (http://www.flickr.com/photos/gabiidealli)
Texto: Talita Bezerra dos Santos



Quilombo Ivaporunduva



E se a lua que começa a brilhar lá fora me trás esperança em uma noite escura, tomo novo fôlego de vida ao vislumbrar ideais tão distantes da minha rotina. A lua que ilumina trazendo-me de volta a realidade trás a lembrança de que ela não é maior que o sol que aqueceu o meu corpo e o meu coração durante um dia todo e é dele que vivo.

 Revi no dia de sol a esperança de uma humanidade tão humana quanto sempre ouvi que somos, revi no dia de sol o amor tão claro quanto a água, amor por si, por sua história, por seus companheiros, revi a luta e a dor, as lágrimas de alguns séculos estampado em vitória e sobrevivência em cada rosto.
Vi união, vi, não revi, faz tanto tempo que não a vejo que parece que foi a primeira vez.
'O individualismo é pra quem tem'
Como não concordar?

Saber que eles sobrevivem me dá vontade de sobreviver também, junto, sem individualismo.
Além, muito além desse tal "desenvolvimento", além dele está o impossível com o qual sonho e sei que é uma mentira deslavada chamá-lo de 'impossível', eu vi com os meus próprios olhos que não é.



Foto: Jaqueline da Costa Nascimento
Texto: Talita Bezerra dos Santos




sábado, 27 de outubro de 2012

Em breve...

Durante os meses de setembro e outubro estive em visita na Comunidade Quilombola Ivaporunduva (Eldorado), na Aldeia Tenonde Porã (Parelheiros) e no Acampamento Irmã Alberta (MST, próximo a Anhanguera) com o Cursinho Popular Mafalda. Produzi textos sobre o que observei em cada realidade.
Postarei em breve todos por aqui. 

Mas posso adiantar que foi uma experiência ÚNICA e MARAVILHOSA, para se guardar e contar para as próximas gerações.
Aprender a respeitar, conviver e principalmente cuidar dessas culturas matrizes de todos nós, brasileiros, é de suma importância para a preservação de nossa história quando nação. É, como disse nas reuniões, completamente diferente você estudar, ler e ver fatos observados por outras pessoas e você poder conhecer, entender e criar suas próprias opiniões com os seus próprios olhos, seus próprios sentidos.

Experiência valiosa! Uma quebra de preceitos e preconceitos!
Uma união que agora, não pode mais ser quebrada. Eu os defenderei como posso.

Atenciosamente, autora do blog.
Talita B.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

"Arranjei alguém chamado saudade"

Sabe... Acho que a saudade fez morada em mim, saudade do que nem aconteceu, saudade do que não veio mesmo. Tive planos, tive sonhos, imaginei cenas, criei-as, li e reli conversas, não houve nenhuma das cenas na realidade, porém se tornaram saudosistas antes mesmo de existir.
Não ligo que você me conte sobre como vai os teus amores, que me contes como foi teu dia, tuas alegrias e agonias, sinto-me mais perto de ti assim e isso é capaz de tornar qualquer dia alegre.
A chuva veio, caiu aqui no meu quintal, caiu em mim, agora, vem cessando e tem o buraco que se abre em mim quando penso que podias estar aqui, eu ai ou nós em qualquer outro lugar.
Quão clichê seria eu dizer que só olhando pra longe você enxergará que o que queres está ao teu lado?
Não direi, mas ficarei aqui.
Minhas palavras minam de mim, um dia outros as lerão e perguntaram para quem escrevi com tanta paixão, talvez eu não esteja aqui para responder, respondas por mim, sabes que cada palavra é pra ti, as minhas palavras de paixão só saem pra ti.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012


Acordei com sede, de liberdade.
Acordei pensando em tomar conta da minha vida.
Acordei querendo escolher entre ficar em casa ou sair pra tomar banho de chuva, pegar a chave, abrir o portão, voltar quando me desse vontade, se desse vontade.
Aceito os erros, desde que sejam frutos de minhas decisões,
Talvez essa seja a hora que o despertador da vida soou. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sem folhetins do teu jornal, aceito cartas.

Sonhar estar voando e acordar caindo na realidade. Um tombo que pode deixar mais do que hematomas, deixa lembranças.
Meu corpo já criou anticorpos para todo o sentimento que me trouxe você, mesmo que eu tenha sentido a queda, me recuso a ter hematomas, meu corpo também se recusa.
Os folhetins publicados nos jornais da sua vida, me nego desde agora a lê-los, só lerei o que chegar a minha caixa postal, enviado por você.
Se não chegar, deixo passar, como um tudo que já passou. 

domingo, 26 de agosto de 2012

Palavras que rolam dos meus olhos

Tenho uma vontade sincera e hoje, devastadora, de mandar-te para qualquer lugar longe da vista dos meus olhos que um dia acreditaram ver-te melhor.
Quero obrigatoriamente arrancar qualquer raiz podre que ainda habita dentro de mim sobre você que se disfarça sorrateira de esperança.
Preciso arrancar-te com toda a força da minha vida, mandar-te seguir teus passos, longe, longe, muito longe de mim.
Quero que suma, que até sofra mas sofra sem que me faças sofrer junto.
Quero a minha vida solta, sem nós ou tranças com a tua.
Quero segurança, mesmo que seja a segurança da solidão, escura, mas a claridade dos teus erros tem ofuscado os meus olhos.
Tenho de viver minha vida, meus erros e imaturidades, quero fazê-lo e me preocupar em resolver os meus problemas, cuidar de duas vidas tem sido peso demais pra mim, por favor, CUIDE-SE, cuide de si mesmo, eu peço, me deixe distante de toda essa droga que escolheu pra você.
Oro pra que alguém me tire daqui, seja o meu interior ou qualquer outra pessoa, eu só preciso sair e sentir o meu ar, sem se misturar com o seu.
Liberte-me se ainda existe algo além de podridão, me deixe. 

sábado, 25 de agosto de 2012

O Lobo do Homem?

Estive hoje ouvindo uma discussão que não posso negar, foi no mínimo interessante.
"O homem é o lobo do homem", diziam alguns, outros diziam "Não! A sociedade o corrompe".
Discussão antiga essa, mas o que prendeu minha atenção mesmo, foi os argumentos usados para defender a primeira tese.

Divagando sobre isso, no centro de São Paulo, um indivíduo compartilhou conosco suas conclusões que foram, não exatamente nessa disposição de palavras, que a sociedade faz parte do mundo material e junto dela temos o imaterial, ambas, um dia estiveram na mente, na mente de quem? Do ser humano. Sendo assim, a sociedade, tal como ela é hoje, já esteve apenas na mente humana que a concretizou, então a dizer que a sociedade o corrompe, está dizendo que ele foi corrompido por si mesmo e que todos somos escravos de nossa mente, que pensa tudo enfeitado e executa de forma torpe, somos assim, maus por natureza.

Muito cômodo, não?
Para mim, sim, ao acreditar que o homem é mau de natureza, isso remete a um comodismo quase que IMEDIATO, nascemos maus, somos maus, pensamos mal e não importa o que façamos, nossa natureza é má. O que nos resta então? Nos conformar com a sociedade hoje vista, já que nada que pensamos resultará em coisas boas porque somos torpes?

Não, antes de tudo, acima de tudo, somos DIFERENTES e colocar a todos nós o fardo da maldade é no mínimo um exagero. A sociedade constituída foi sim formada por nós e por quem veio antes de nós, porém nós podemos e devemos fazer diferente, somos diferentes. Ao olhar o passado, analisá-lo e tomar para si as devidas responsabilidades disso, tornamo-nos melhores.

Nossas mentes não são prisões, são chaves, chaves de um mistério que só pode ser descoberto por quem escolhe não ser corrompido. Por quem entende a chave que tem nas mãos.

Disciplina não é liberdade. Liberdade é pensar.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Minhas ordens que não funcionam mais

Verifico a Caixa de Mensagens. Nada novo.
Algumas vezes me pego relembrando sorrisos, palavras e expressões que me remetem a uma esperança única e doce, muito doce. Outras vezes, essas esperanças vão sumindo por entre os meus dedos com o calor do sol.

Mas o que me deixa assombrada é que quando eu me ordeno:
- Pare com isso! Impossível! Você já viu tudo isso antes!
O mundo parece conspirar para que meu sonho continue valendo por aqui, por dentro de mim. E eu continuo.

Porque cada olhar teu, transmite a mim esperança.
Porque cada gesto teu, me toca no intimo.
Porque cada palavra tua, se torna doce melodia aos meus ouvidos.
Porque cada inspiração minha, vem do teu ato de viver.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Capitães da Areia - Jorge Amado

Revelado

Hoje acordei com a sensação de ter andado rua a fora gritando segredos pela madrugada.
Senti medo de me olhar no espelho e ter a sensação de que ele me conhecia e conhecia intimamente o que não quero que ninguém saiba.
Sai na rua, tudo me olhava, eu senti, o vento, o sol, as pessoas, o asfalto, tudo já me conhecia.
Conversavam entre si, perguntavam-se porque eu ainda tentava esconder o que meus olhos gritavam durante o dia e minha própria boca gritava nas noites de devaneio.
Por graça não perguntaram a mim, eu não saberia responder.
Já é noite e ainda não sei a resposta.
Tenho medo que alguns dos elementos que me observavam e me conheciam seja você, que durante a madrugada meu som tenha chegado ao seu ouvido, acordado-te e dito tudo aquilo que eu guardo no sorriso de lado, no olhos voltados ao chão quando você passa.
Não quero que me leia novamente, não quero que conheça isso que é minha fragilidade, que meus olhos gritam e ardem dizendo o que guardo e por isso não te olho nos olhos.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Me diga que não deixei a solidão entrar.
Que eu te cuide e você me cuide.
Que o cuidar venha antes do compromisso, antes do anel, antes do papel.
Eu fico contente só com o cuidar.
Papel a gente rasga, né não?
Cuidar, rima com amar, deve rimar porque deve.
Deixa eu cuidar e amar? 

O cais.

Anoitece no meu cais, ao longe vejo barcos, não sei se chegam ou se estão indo embora, mas ainda os vejo. Tenho estrelas, em mim e no céu do cais, refletidas na água, que imensidão.
Quantos sonhos no chegar da manhã ficaram na madrugada?
Quero lembrar-me e transformar meu interior no sol e na lua, nas nuvens e nas estrelas, quero poder viajar entre eles e me sentir bem, apesar da escuridão da noite
Mesmo que mortal, quero poder me sentir anjo, que voa, não boa.
Quero receber o barco que vem vindo e mandar repleto de coisas boas o que se vai.
Me deixo preencher, me deixo aprender.
Cada novo barco trás consigo nova carga, não peso, experiência.
Deixe-me ficar no cais, gosto do espelho de água que me reflete e reflete todos os barcos, gosto do brilho da manhã e das estrelas da noite.
Um dia meu barco chega, encosta aqui e vive no cais, ou eu que viajo nele.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Ao novo e desconhecido, porém esperado.

Incompreensível. Não há palavra melhor para iniciar tudo isso.
Tudo isso que nem sei por onde começa, por onde termina, não sei, só sei que foi assim.
Começou em mim, num inconsciente que não quis dizer nada, que não quis se mostrar, meu próprio coração nega-se a aceitar que tudo isso seja verdadeiro.

As certezas mostradas por ti, mechem com as incertezas mal arrumadas em mim.
É um tal de mexer com as minhas convicções, um tal de encanta dali, enrubesce daqui, daqui porque você não vê, isso é um sinal raro em mim. Não acontecia a um tempo.

Realidade firmada que se espera e que surge, não consigo entender como pôde, como eu, também, pude.
Talvez seja apenas mais uma peça que precisa passar para o quebra-cabeça não ficar por si só sem uma etapa, talvez seja a peça principal. Como saberei se não deixar sair de mim?

Você me bagunça isso é claro. Gosto da sensação de movimento, estagnação estava me deixando entediada. Você meche cada compasso de mim, gosto da dança.
Embaraço-me, as palavras não andam funcionando muito bem assim como a ordem dos meus pensamentos.

Difícil mesmo é precisar numa ordem lúcida o quanto preciso de tudo que me causa, de tudo que me parece ser, de tudo que é, de tudo que ainda preciso conhecer, de você.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Dia ensolarado em mim

Você me perguntou por que eu acordei sorrindo depois de uma noite de chuva e trovões. Preciso confessar eu não sei de que trovões você se referia pois eu só ouvi o suave som da chuva caindo no meu telhado, caindo em mim e me lavando.
Você estava do meu lado, mas o que ouvíamos era diferente.
Hoje pela manhã, entre um gole de café e outro, sorri. O dia estava nublado mas aquela claridade, ah... a claridade, me lembrava o sol que provavelmente esquentaria o meu rosto e que sei que vai chegar.
Você apenas reclamou das nuvens.
A mesma paisagem, as mesmas pessoas, as mesmas diferenças de sempre. 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Quando se diz uma mentira todas as verdades ditas antes perdem o valor.
Afinal, não há como saber onde a mentira começa e onde ela termina.

terça-feira, 3 de julho de 2012

"Morreu na contramão atrapalhando o tráfego"

Um novo dia amanhece na metrópole, grande metrópole, megalópole.
Saímos com pressa, cruzamos com vários rostos, várias histórias, várias vidas, nos estressamos se uma delas fica no nosso caminho, se uma delas dorme num assento para idosos por estar muito cansada ou por sacanagem mesmo.
Chegamos ao trabalho, olhamos para as mesmas pessoas de todos os dias, não nos damos contas se suas faces carregam expressões diferentes das do dia anterior, apenas fazemos o que somos pagos para fazer.
Uma palavra amiga, respondemos de forma ríspida, não temos tempo.
Fim do expediente, vamos para casa, comer e dormir, como será sido o dia dos nossos filhos?
Não sabemos, eles estarão dormindo - durmam crianças, não há com o que se preocupar- .
No caminho, algo acontece, algo para o trânsito, algo faz-nos demorar para chegar e descalçar os sapatos já tão apertados depois de um dia como esse. 
Alguém morreu. 
Nos perguntamos:
- Tinha de morrer logo aqui?
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego.

sábado, 30 de junho de 2012

As vezes eu alimento sentimentos ruins por mim mesma. Por enxergar tantas coisas e me deixar calar, por querer mudar o mundo e não conseguir tomar decisões na minha própria vida. Por acreditar tanto, mas tanto nas pessoas a ponto de acreditar que um dia tudo será diferente. Eu canso, mas continuo apanhando, apanhando, apanhando, mas eu levanto. Sempre levanto.
Creio que está na hora de me retirar da guerra, não estou mais em condição de lutar. Sou um soldado ferido, talvez sem uma perna ou sem um braço. Vou lutar do lado dos que precisam apenas do cérebro.
Tomar consciência de que não há ninguém que olhe por mim, apenas eu, por mim mesma, apesar disso, não deixar de acreditar que os verdadeiros males podem ser mudados, desde que haja iniciativa, caso contrário, dar murro em ponta de faca só foi capaz de machucar a minha mão.
Acho que isso não é propriamente um texto, é apenas um desabafo, por favor, ignore.
Acho que não há porquê persistir em algo que visivelmente não funciona. Os erros cometidos nas história nos dão exemplo do que não seguir e qual é o caminho correto.
Estou pegando o meu caminho, estou seguindo por onde devo ir, por onde sempre sonhei seguir.


"Retrovisor mostra que se vou para frente, coisas ficam para trás, a gente só nunca sabe que coisas são essas."
Talvez, eu já saiba.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Quando terminar

Ela estava novamente sozinha, sozinha com sua casa, um violão e sua paciência que estava dizendo adeus.
Ela se perguntava o por quê de tudo sempre dar errado. Quando fala, dá errado porque falou, falou cedo demais, deveria ter esperado. Quando não fala, dá errado porque não falou, deveria ter falado, passaram na sua frente, se é que um dia já esteve na "competição".

Ela começa a repensar se deve realmente continuar acreditando. E prefere acreditar que sim. Isso a moveu, e continua movendo-a, ela PRECISA acreditar.

A cada prova de que o ser humano ainda brilha, sua esperança se renova. Há alguém perdido por ai, que também precisa acreditar, que procura por brilho e quando o acha, continua acreditando.

Vamos acertar o passo e a velocidade, chegaremos no instante do encontro. Em alguma parte do trajeto, isso acontecerá. 

sábado, 23 de junho de 2012

Vagando

O dia e a noite
Qual preferir?
Aquele que vaga pelos dois
Certamente mais feliz será
Saberá não se ferir. 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Ou é inteiro, ou não é. Sem meio termo, por favor.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Autobiografia em cinco capítulos - Portia Nelson


1 Ando pela rua
Há um buraco fundo na calçada.
Eu caio!
Estou perdido...sem esperança.
Não é culpa minha.
Leva uma eternidade para encontrar a saída.

2 Ando pela mesma rua
Há um buraco na calçada
Mas finjo não vê-lo.
Caio nele de novo.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Ainda assim leva um tempo para sair.

3 Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Vejo que ele ali está
Ainda assim caio... É um hábito.
Meus olhos se abrem
Sei onde estou
É minha culpa
Saio imediatamente.

4 Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Dou a volta.

5 Ando por outra rua.


(eu achei GENIAL)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A cada pôr-do-sol

Boa noite, peça ao seu protetor para lhe emprestar bons sonhos, se não há protetor peça para que sua própria mente os forneça.

Bom dia, agora é hora de criar coragem, torne sua vida um sonho, uma luta e vença-a.

domingo, 17 de junho de 2012

Microconto



Ela então abriu os olhos e viu o sorriso dele. Ela sorriu também, percebeu que assim, brilhava mais. Eles sorriram juntos.

(Me aventurando nessa nova onda, em breve, outros.)

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Carta

 Hoje eu me pergunto "como foi mesmo que eu cheguei até aqui?". Eu juro a mim mesma que não sei e tento não me culpar.
 Todas as escolhas feitas tão cedo, todos os menos do presente, mais uma escolha? Será necessária?
 Talvez, talvez realmente seja.
 Nós chegamos até aqui suportando um cálice de diferença que nos foi servido todos os dias, até agora, eu sinceramente não suporto mais o gosto desse vinho. E você?
 Só queria que você soubesse que eu realmente tentei que as leis da física não se admitem para nós, criaturas, na verdade, eu nunca fui tão bom assim em física, já você...
 Ah, como os céus sabem o quanto eu queria que realmente todas as nossas diferenças se resumissem em números, contas que podem ser apagadas e refeitas, mas não são.
 Eu preciso de ideais, eu preciso de sonho, de esperança, de valor humano, de novas mentes se formando através de mim, por mim, mas não igual a mim.
 Você é igual. Igual ao todo. Igual ao todo que me enoja pela condição em que foi formado, enoja por ter lucidez e não querer deixar de ser louco, ah, antes o louco que não sabe que o é.
 Você me ouve mas não me compreende, eu quero ideia, quero ideais, quero sonhos realizados na contra mão do mundo.
Você quer sonhos doados pelo mundo.


 Eu estou indo, 
Até o enfim pronto, 

T. 

De toda lucidez.

É só esperar, não se deixar embrutecer. 


Algumas vezes se sentir sozinho não é ruim, é conhecimento de si, é silêncio que ensina. Nele você se torna exatamente aquilo que você espera de uma outra criatura, não de forma idealizada, mas de forma real e lúcida, aprende a se amar e se olhar com outro olhos. Nada impossível.


Daí, aparece a outra criatura, você a reconhece, não pela perfeição que ilude mas pela lucidez que transforma. Os ideais se unem, muda-se o mundo, com felicidade.

Parabéns, vamos a próxima etapa.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Zé Ricardo - Exato Momento


Talvez mesmo que minha mente seja diferente da sua, essa ideia louca de amor seja a mesma.
Coisas fáceis, gestos simples que pluralizam de forma magnífica e absoluta tudo que um ser humano ainda pode sentir de bom nessa Terra.
Um olhar afetuoso, um abraço apertado, um "bom dia", um "como foi o seu dia?", um tom de voz afável, uma amizade... Cada gesto capaz de proporcionar uma sensação diferente.
Tantos sentidos aguçados pela curiosidade do outro, tantos pensamentos perdidos ao vento de como seria tudo isso na prática. Tanta coisa que eu ainda não entendo.
"O amor precisa do sol e do barulho da chuva."
Ah benditas sejam as sensações, os cheiros, os gostos, os pensamentos não concretizados que nos aguçam a imaginação verdadeira e profunda da vida.
Em meio a podridão de um coração ferido pela vida que mesmo assim ainda bate, bate insistentemente procurando por um ar mais limpo. Quando o encontra, isso é digno de anjos cantando uma canção divinal nos céus.
Ah, os sentimentos que ainda nos salvam... 

sexta-feira, 23 de março de 2012

A alma, o corpo, a boca e o coração, procuram...

E a alma continua procurando, e o corpo continua com medo, e a boca cada vez com mais sede, e o coração cada vez mais frio.
A alma procura outra para dar a mão, o corpo não quer soltar a sombra cômoda de sempre, a boca tem sede mas não de água, o coração está frio, por conta da sombra, precisa de sol, de menos cobertura e mais contorno, de menos planos e mais realidade.
O conjunto precisa de música, de uma canção para cantar, para o corpo confiar, a alma lembrar, a boca repetir e o coração se manter aquecido.
Eu preciso de você, você de agora, você de depois, preciso deixar a sombra, quero você-sol.



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

REATIVADO!

Boa tarde,

isso aqui andava meio parado né?
Eu voltei, depois de um tempo de abstinência eu voltei, acho que agora pra ficar.
Sentimentos, revoltas, opniões sobre tudo que acontece nesse "mundo que não vale um mundo"  de volta por aqui.

Espero agradar.

Tempo, tempo, tempo.


E o tempo vai passando...


Mas sabe, isso não é ruim, tempo é maturidade, é experiência, é pessoas novas,
oportunidades novas, conhecimentos novos e reciclados. 


Tempo é mudança de rumos, é aquilo que ontem era prioridade, hoje não é mais, ontem é
vida, hoje é morte, ontem era neblina, hoje é dia de sol. 


Tempo mostra que nem tudo é como a gente sonha, mas também mostra que tudo pode e
será modificado, só depende de nós. 


Tempo que trás e leva pessoas, tempo que deixa a gente ficar. Nada pode pará-lo.