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sábado, 20 de abril de 2013

Ao amor simples

Os lábios quentes tornam a encontrar-se no frio incessante de São Paulo.
A noite decidiu colaborar com os abraços e os olhos continuaram conversando, ainda que fechados.
Eles dançavam, seus corações agitaram-se de tal forma que qualquer um que passasse notaria a dança. Ninguém passou. A noite também cuidou para que ninguém os atrapalhassem.
Tudo exalou poesia porque tinham silêncio.
A decisão de não se soltarem já estava tomada, ainda que seus corpos precisassem se separar.
Ela era dele, ele era dela. E isso não precisava ser dito.
O tal do amor decidiu mostrar que existia e com tanta simplicidade traduziu em atos o que os mais antigos poetas tentaram descrever por palavras e o que a pobre autora deste texto sempre tentou aproximar-se.
O tal do amor prega peça, sem esforço nenhum, apenas chegando e se instalando, simples.

2 comentários:

  1. Tem alguém apaixonado...
    Amei o texto!!!

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  2. Escrever em cima de São Paulo sempre dá esse clima único, não sei nem te explicar, mas imagino a cena toda se desenrolar num ambiente muito único, com cheiro de São Paulo...

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