Olá!

A casa é sua

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Carta

 Hoje eu me pergunto "como foi mesmo que eu cheguei até aqui?". Eu juro a mim mesma que não sei e tento não me culpar.
 Todas as escolhas feitas tão cedo, todos os menos do presente, mais uma escolha? Será necessária?
 Talvez, talvez realmente seja.
 Nós chegamos até aqui suportando um cálice de diferença que nos foi servido todos os dias, até agora, eu sinceramente não suporto mais o gosto desse vinho. E você?
 Só queria que você soubesse que eu realmente tentei que as leis da física não se admitem para nós, criaturas, na verdade, eu nunca fui tão bom assim em física, já você...
 Ah, como os céus sabem o quanto eu queria que realmente todas as nossas diferenças se resumissem em números, contas que podem ser apagadas e refeitas, mas não são.
 Eu preciso de ideais, eu preciso de sonho, de esperança, de valor humano, de novas mentes se formando através de mim, por mim, mas não igual a mim.
 Você é igual. Igual ao todo. Igual ao todo que me enoja pela condição em que foi formado, enoja por ter lucidez e não querer deixar de ser louco, ah, antes o louco que não sabe que o é.
 Você me ouve mas não me compreende, eu quero ideia, quero ideais, quero sonhos realizados na contra mão do mundo.
Você quer sonhos doados pelo mundo.


 Eu estou indo, 
Até o enfim pronto, 

T. 

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