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A casa é sua

domingo, 27 de outubro de 2013

Passaninhar

Todo coração deve sentir-se assim de vez em quando.
Por mais que o meu seja pássaro e desvie das grades que tentam impor por aí, ele sente uma vontade de te pertencer e ela é quase que incontestável, já gastei todos os meus argumentos com ele, que teima.
Eu disse a ele que sou livre... "sou um homem livre!"
Acredita que riu?
Riu de mim meu coração da forma mais maliciosa possível e eu entendi da forma mais indigesta que ele já tinha escolhido onde iria pousar desconsiderando a minha primeira afirmação.
Inventei de dizer o quanto sua decisão era perigosa, quase que como uma mãe, fui fornecendo os "ses" que ele parecia ignorar e no final tive de engolir um baixo, mas com boa dicção, "eu não ligo".
Aquele diálogo de eu comigo, aquelas convicções, eu me disse de todos os perigos e fui ignorada.
Meu coração quer te sobrevoar, quer se alimentar do seu jardim, visualizar suas cores.
Meu coração quer pousada, quer lugar, pertencimento e ser novo, de novo.
Meu coração não tem chão e voa.
E apesar de tanta insegurança, quer a inteireza de descansar as asas em teu chão.
Ponha seus olhos sobre os meus e depare-se com quem eu sou.
Saiba que meus espaços de liberdade se abrem para receber.
Dou-me por livre e espontânea autonomia. 

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