Olá!

A casa é sua

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

É, são

É o mundo que anda fora do ritmo.
Um passo pra frente e três pra trás, um rever e verter sangue antes coagulado como se fosse a água que nos dá a vida. E se alimentam dele, se banham, nadam.

São as pessoas que andam meio pirronistas demais, duvidam de deus e do amor. E de mim, de ti, do pai, da mãe e da flor, que nasce e morre, pisada ou sem água, aquela que foi trocada por sangue. 

É um bom dia que não há. Acorda, toma café, um pão e um adeus. Vai voltar...

É um almoço olhando pra cadeira vazia enquanto o telejornal passa as notícias antigas do dia.

É um livro tão bonito que fala de solidão numa casa. Um louco, uma cega, um viajante, um guerrilheiro, uma possessiva e a criança que come terra e chupa o dedo acuada num casa cheia de gente vazia.

São outros quinhentos livros que a gente precisa engolir como se não soubesse que o que falta no mundo e na gente é compaixão. O milagre não está nas letras. Está nas pessoas.

É o abraço que não se dá.

É o descaso, um criar caso, um laço e um deslaço. 

A preocupação de fazer seu plano se encaixar com as outras mil e uma pessoas que esperam estar dentro dele. Enquanto você está fora...

A vontade de abraçar o que não recebeu abraço,de sentar na cadeira vazia e desligar a TV, de fechar o livro e deitar na grama, de voltar e dar um bom dia direito, a vontade de não ter um plano e de não ter dúvidas que este é o caminho certo.

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