Eu sempre
preferi acreditar que pessoas como você existem, mesmo que eu não as encontre a
cada esquina, ou em todo lugar, ou mesmo uma a cada mil quilômetros. Eu sempre
preferi acreditar. Por isso, não tenho dúvidas do quanto eu tive sorte de achar
você, de nos percebermos, de você estar no mesmo lugar que eu, de termos nos
permitido viver essa história mesmo sem saber direito no que ela ia dar. Hoje,
sou capaz de questionar qualquer coisa, menos a veracidade do que eu sinto ou a
intensidade dos meus sentidos quando estou contigo. Você me faz sentir, nos
instantes que estamos juntos, a verdadeira “vida viva” e mais do que isso,
incentiva-me a busca-la todos os dias, na fé de que ela realmente pode ser alcançada
(e há quem diga que eu não tenho mais fé).
Você torna
viva cada nota musical que toca no rádio. Você faz as cenas dos filmes se
tornarem parte de mim. Faça frio ou calor, sol ou chuva, noite ou dia, nada,
nada passa-me como insignificante quando estou do seu lado. Falta
sentido na hora do adeus.
Todas as
escolhas que me levaram até você, todas as palavras que até agora foram ditas,
ou não tão ditas assim. Sou grata por todas elas. Sou grata a mim e a você pelo
voto de confiança que nos concedemos a cada passo que escolhemos dar para nos
unirmos.
Tem tanta coisa
pra falar, tanta. Mas... quero te pedir em casamento. E por que eu? E por que
agora? E por que assim?
Porque eu fiquei esperando você
dizer o primeiro “eu te amo” e hoje acho que perdi tempo. Porque eu fiquei
esperando você me pedir em namoro porque achava tudo recente demais. Porque se
eu escrevo pra tudo, inclusive pra desengasgar as palavras que não saem, nunca
saem, agora não seria diferente. Não quero todas as simbologias que esse pedido
carrega. Não quero papel, testemunha, festa, branco, flores, um monte de gente
pra contar história depois. Quero simples como a música do Dominguinhos... “
Não posso ficar sem você pois, viver sem você é viver pra chorar (...) Fica,
meu amor, ou então me leva pra morar contigo.”
Qualquer lugar, longe ou perto,
quero você aqui comigo. Eu, você e nossos livros, músicas, filmes e sonhos.
“Eu só aceito a condição de ter
você só pra mim”
A primeira mensagem, não?
A primeira mensagem, não?
Faço dela a conclusão.
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