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A casa é sua

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O cais.

Anoitece no meu cais, ao longe vejo barcos, não sei se chegam ou se estão indo embora, mas ainda os vejo. Tenho estrelas, em mim e no céu do cais, refletidas na água, que imensidão.
Quantos sonhos no chegar da manhã ficaram na madrugada?
Quero lembrar-me e transformar meu interior no sol e na lua, nas nuvens e nas estrelas, quero poder viajar entre eles e me sentir bem, apesar da escuridão da noite
Mesmo que mortal, quero poder me sentir anjo, que voa, não boa.
Quero receber o barco que vem vindo e mandar repleto de coisas boas o que se vai.
Me deixo preencher, me deixo aprender.
Cada novo barco trás consigo nova carga, não peso, experiência.
Deixe-me ficar no cais, gosto do espelho de água que me reflete e reflete todos os barcos, gosto do brilho da manhã e das estrelas da noite.
Um dia meu barco chega, encosta aqui e vive no cais, ou eu que viajo nele.

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